Pecados do atendimento pediátrico: maus-tratos e vícios médicos

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Resumo

Este artigo analisa os maus-tratos institucionais no contexto da pediatria, com ênfase em práticas inadequadas como hipermedicação, solicitação excessiva de exames e desvalorização da escuta ativa – condutas que configuram formas de violência no ambiente de saúde. Ressalta-se a relevância da escuta qualificada e do respeito à autonomia de crianças e adolescentes, em conformidade com os princípios bioéticos e as normativas legais vigentes. São discutidos os chamados “pecados da medicina”, incluindo vícios profissionais e a necessidade de comunicação eficaz e de letramento em saúde para prevenir condutas prejudiciais. Assinala-se, ainda, a urgência de identificar e combater a privação intencional de cuidados de saúde adequados a crianças e adolescentes, uma forma persistente de violência por negligência. Aponta-se que a supervalorização da produtividade, característica de modelos gerenciais modernos, gera tensões que comprometem a qualidade do atendimento. Conclui-se que é essencial revisar rotinas institucionais e fortalecer a capacitação profissional, a fim de promover um atendimento pediátrico ético e humanizado.

Palavras-chave:

Bioética. Comunicação. Eficiência organizacional. Humanização. Maus-tratos. Pediatria.

Biografia do Autor

Mário Roberto Hirschheimer , Centro Médico Santa Catarina Paulista, da Associação filantrópica Rede Santa Catarina, São Paulo/SP, Brasil.

Mário Roberto Hirschheimer – Doutor – mariorhir@gmail.com
0000-0002-7051-1821

Clóvis Francisco Constantino, Faculdade de Medicina, Universidade Santo Amaro, São Paulo/SP, Brasil.

Clovis Francisco Constantino – Doutor – clovisbioped@hotmail.com
0000-0002-7540-2632

Como Citar

1.
Hirschheimer MR, Constantino CF. Pecados do atendimento pediátrico: maus-tratos e vícios médicos. Rev. Bioét. [Internet]. 8º de outubro de 2025 [citado 9º de outubro de 2025];33. Disponível em: https://www.revistabioetica.cfm.org.br/revista_bioetica/article/view/4121